Entrevista :Nova das Oito " Nunca vou mudar meu jeito de ser"

Ela é meiga, carinhosa, simples e tem uma capacidade enorme de conquistar as pessoas. Assim é Renata Ricci, atriz que aos 25 anos ganhou o concurso A Nova das Oito, no programa Caldeirão do Huck, para fazer parte do elenco de Páginas da Vida, de Manoel Carlos.

Renata tem como filme preferido ET, de Steven Spielberg, como música marcante Smile, de Charlie Chaplin e se diz muito desorganizada. Até hoje, esteve presente no teatro, como a Mimi no musical Rent; a gatinha Clarabela que conquistou a criançada no musical Cinderela, de José Wilker, virou Branca de Neve no projeto 100 Anos de Magia da Disney e atualmente é a Ursula March, no musical Sweet Charity, ao lado de Claudia Raia e Marcelo Médici, em cartaz no Citibank Hall, em São Paulo e ainda faz parte da banda Cantrix.

Renatinha conversou com OFuxico e contou um pouco de como foi sua trajetória neste concurso que a deixou com os nervos à flor da pele.

OFuxico – Você disse que seu pai perguntou se valeria a pena participar deste concurso do Caldeirão e você disse que queria tentar...

Renata Ricci – Olha, para nós, artistas, por incrível que pareça, é a maior dificuldade saber sobre um teste. Mas quando vi este, que daria uma oportunidade na novela da Rede Globo, quis participar, até por conta de uma experiência bacana. Muita gente dizia que eu ia pagar o maior mico e eu dizia que não iria fazer mal e queria participar. Deu certo e posso dizer, de boca cheia, que valeu a pena!

OF - Durante suas cenas para o teste, teve algum momento em que você pensou, “xiii, não deu”?
RR – Não. Quer dizer, acho que só na final, porque nós estávamos cansadas e ansiosas, o coração batendo forte. Não é só a pressão do público em cima de você. Tem a parte psicológica de ver, a cada semana, uma amiga indo embora. Na final, senti uma dor de cabeça forte antes da cena. Achei que iria desmaiar. Nos demais testes eu sempre pensava “Seja o que Deus quiser. Se não conseguir, é porque meu caminho era só até aqui”.

OF - Qual a sensação de estar prestes a estrear na tevê e na Globo?
RR – Olha, acho que não caiu minha ficha ainda. Quer dizer, só caiu um pouquinho (risos). Almocei no shopping no domingo seguinte ao dia que ganhei o concurso e as pessoas me pediram autógrafos, fotos. Chega a ser engraçado isso. Ainda não sei que personagem vou fazer. Estou ansiosa, com frio na barriga e feliz ao mesmo tempo. Notei algumas mudanças acontecendo já.

OF - Fez muitas amigas nos bastidores?
RR - Fiz. A primeira na fase em que sobraram cem meninas. Uma delas, que ficou amiga minha, não passou, foi a Camile, que decidiu seguir em frente,m estudar, fazer teatro e disse que se sentiu encorajada por mim. Ela nem me conhecia e me hospedou na casa dela, fiz amizade com toda família. Depois, tive mais contato com a Roberta no final. Mas fiz muitas amigas queridas e continuo contato por e-mail. Tem, por exemplo, a Gabriela Fregoneis que estava entre as 8 finalistas, a Nanda Pontes, a Vanessa Monteiro.

OF – Você disse que toda vez que uma amiga ia embora, você sentia uma dor...
RR – É sim. Muito engraçado isso, pois fiz cenas com todas as meninas das quais tinha mais afinidade e quando elas não eram aprovadas, sentia um vazio, uma coisa estranha. Mas ao mesmo tempo sei que as meninas que não ganharam terão muita chance lá dentro, pois mostraram talento.

OF- Está conseguindo conciliar todos os trabalhos?

RR – Olha, tenho as apresentações do Sweet, ainda não comecei a gravar a novela. Por conta do musical, não tenho conseguido participar de todas as apresentações do Cantrix, que acontecem no Bar Brahma às sextas-feiras e no Restaurante Spetácullo às terças e quintas-feiras. Mas sempre que consigo eu vou.

OF – Como você entrou no musical Sweet Charity?
RR – Foi uma coisa muito louca. Mandei meu material e comecei a torcer. Depois de uns dias, soube que as pessoas aprovadas estavam recebendo mensagens via e-mail. Eu não havia recebido nada e decidi ir atrás e saber quem estava cuidando dos materiais. Descobri e soube que meu material não estava lá. Mais que depressa fui entregar pessoalmente e, logo que me viram, me disseram ter o perfil que queriam. Fiquei! Foram semanas de ensaio vocal, corporal. Uma coisa doida, mas valeu, o espetáculo está lindo.

OF – Você está estudando?
RR – Estou fazendo aulas de canto com Frederico Silveira e de ballet com Marcio Ronguetti. Daí, não dá mais tempo para nada.

OF – Como vai ser a vida daqui pra frente?
RR – Bem, em primeiro lugar, não vou mudar meu jeito de ser. Meus pais sabem disso, pois sabem como me criaram. Dou valor às conquistas, mas não sou soberba. Estou preocupada não em ser apenas a moça que ganhou o concurso e só. Quero tomar as decisões corretas e me manter trabalhando. Estou muito voltada pra isso, ouvindo conselho de todos os mais experientes. Claudia Raia e Marcelo Médici me falam muitas coisas boas de aprender.

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